terça-feira, 4 de março de 2014

LOBA CAPITOLINA, LUPA CAPITOLINA

AUREO RAFFIGURANTE L'IMPERATORE TIBERIO E MADRE LIVIA DRUSILLA

Aureo raffigurante l'imperatore Tiberio e sua madre Livia Drusilla, rispettivamente zio e nonna di Claudio: entrambi non stimavano il futuro imperatore, e lo tennero lontano dal potereAureus do Imperador Tiberius e sua mãe Livia Drusilla, tio e avó, respectivamente, por Claudio: ambos estimado o futuro imperador e mantidos longe do poder

SENADO E POVO ROMANO UNIDOS

sábado, 20 de abril de 2013


Arqueólogos descobrem centro da cidade suméria de Ur no Iraque, onde viveu Abraão

Estrutura de quatro mil anos provavelmente foi o centro administrativo da cidade de Ur foi encontrada por equipe da Universidade de Manchester.

iG São Paulo 

AP Photo/Stuart Campbell
Na imagem, uma placa de argila encontrada nas escavações do complexo que teria sido a casa de Abraão na cidade de Ur

Arqueólogos britânicos encontraram em escavações um grande complexo perto da antiga cidade de Ur, no Iraque. Eles acreditam que a estrutura, provavelmente de 4 mil anos, tenha servido como centro administrativo de Ur, na época em que o profeta Abraão, de acordo com a Bíblia, lá vivia antes de ir para Canaã. O personagem bíblico é citado no livro do Gênesis e é considerado o responsável pelo Judaísmo, Cristianismo e Islamismo.
De acordo Stuart Campbell, arqueólogo da Universidade de Manchester que liderou as escavações, o complexo está próximo do local onde foi parcialmente reconstruído um zigurate, um tipo de templo sumério.
“É uma descoberta muito empolgante”, disse Campbell, por causa do tamanho da área, com cerca de 80 metros de cada lado. Segundo o arqueólogo, complexos deste tamanho e idade eram raros.
“Aparentemente, trata-se de algum tipo de prédio público. Devia ser algum prédio administrativo, com conexões religiosas ou controle de mercadorias da cidade de Ur”, disse.
O complexo de quartos ao redor do pátio foi descoberto a 20 quilômetros de Ur, a última capital da dinastia real suméria, cuja civilização floresceu há 5 mil anos.
Campbell afirma que um dos artefatos encontrados era uma placa de argila que mostrava um adorador vestindo uma longa túnica se aproximando de um local sagrado. Além dos artefatos, o local revelou as condições ambientais e econômicas da região.
(com informações da AP)

    segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

    AS ORÍGENS DO HOMEM

    O evolucionismo de Darwin é uma das teorias sobre o surgimento da humanidade.



    "Muitos pormenores acerca da origem e desenvolvimento do homem são ainda desconhecidos; mas que nossa espécie evoluiu a partir de alguma forma inferior de vida, já não é posto em dúvida por quem quer que esteja familiarizado com os fatos. Mesmo sem as novas descobertas que estão rapidamente preenchendo as lacunas na documentação fóssil da ascendência do homem, as provas do nosso começo sub-humano são esmagadoras. Anatômica e fisiológicamente o homem é simplesmente um mamífero e nem sequer um mamífero altamente especializado. Até seu cérebro e seu sistema nervoso são apenas ligeiramente mais complexos, ao passo que as qualidades psicológicas que lhe deram sua posição única parece diferir da dos outros mamíferos mais em gráu que em natureza. A não ser que a ciência toda esteja em erro, não somos anjos decaídos, mas animais aperfeiçoados. E é nesta crença que o cientista baseia suas esperanças no futuro de nossa espécie.

    ...Os chipanzés são atualmente bastante comuns nas coleções zoológicas e devem ser bem conhecidos pela maioria dos leitores. Ninguém que os tenha observado duvidará de sua semelhança com o homem, ainda que não ponha muito entusiasmo em confessá-la.

          A não ser que todas as técnicas científicas estejam em erro, os antropóides não são apenas parentes nossos, mas parentes bem próximos. Não, porém, nossos ascendentes. São os produtos terminais de linhas divergentes de evolução e não é provável que qualquer dos gêneros antropóides seja mais antigo que o próprio homem Enquanto o homem se desenvolveu e especializou ao longo de certas linhas, os Simiidae desenvolveram-se de acordo com outras.Homens e macacos tiveram indubitavelmente em algum lugar, num passado remoto, um ascendente comum, mas este ascendente está de há muito extinto."

    LINTON,Ralph. O Homem: uma introdução à antropologia.São paulo, Martins Editora, 1968, p. 23 a 25.








    Uma evidência evolutiva, fornecida pela anatomia comparada é a existência dos órgãos vestigiais. Existem vestígios ou rudimentos de órgãos que representam restos inúteis de estruturas de órgãos que são grandes e funcionais em alguns outros animais. No corpo humano existem vários órgãos vestigiais  entre os quais citaremos: o apêndice vermiforme, o cóccix, e a prega semilunar.

    Apêndice
    O apêndice vermiforme é uma curta expansão, que se localiza na região onde o intestino grosso se liga ao delgado. Trata-se de um vestígio do volumoso ceco, existente nos herbívoros. Os volumosos cecos dos mamíferos herbívoros armazenam o alimento, enquanto sobre ele se exerce a ação bacteriana, para a digestão da celulose.

    Cóccix
    No homem, a coluna vertebral termina no cóccix, um osso recurvado formado por vértebras fusionadas, que é um vestígio da cauda, existente em numerosos mamíferos.

    Prega semilunar
    Outra estrutura muito conhecida é a prega semilunar. Trata-se de uma dobra pequena de pele próxima do olho. É um vestígio da membrana nictitante que protege o olho, como se fosse uma terceira pálpebra, e é bastante desenvolvida em aves, peixes e répteis, mas sem função em humanos. Em alguns casos, como nas águias, essa membrana pode ser transparente, permitindo que o animal enxergue de “olhos fechados”. Em espécies aquáticas, possibilita boa visão mesmo durante o mergulho.


    http://cursoathenas.webnode.com.br/news/orgaos-vestigiais/
    http://www.colegioweb.com.br/biologia/evolucao-das-especies.html

    domingo, 12 de fevereiro de 2012

    A INTERNACIONAL







                                              PIPES OF PEACE, PAUL McCARTNEY                         



    A INTERNACIONAL
    De pé ó vítimas da fome
    De pé famélicos da Terra
    Da idéia a chama já consome
    A crosta bruta que a soterra
    Cortai o mal bem pelo fundo
    De pé, de pé, não mais senhores
    Se nada somos em tal mundo
    Sejamos tudo ó produtores.

    Bem unidos façamos
    Nesta luta final REFRÃO
    Uma terra sem amos BIS
    A Intenacional
    Senhores patrões chefes supremos
    Nada precisamos de nenhum
    Sejamos nós que conquistemos
    A Terra mãe livre e comum
    Para não Ter protestos vãos
    Para sair deste antro estreito
    Façamos nós com nossas mãos
    Tudo o que a nós nos diz respeito.

    REFRÃO

    O crime do rico a lei o cobre
    O Estado esmaga o oprimido
    Não há direito para o pobre
    Ao rico tudo é permitido
    À opressão não mais sujeitos
    Somos iguais todos os seres
    Não mais deveres sem direitos
    Não mais direitos sem deveres

    REFRÃO

    Abomináveis na grandeza
    Os reis da mina e da fornalha
    Edificaram a riqueza
    Sobre o suor de quem trabalha
    Todo produto de quem sua (suor)
    A corja rica o recolheu
    Querendo que ele o restitua
    O povo quer só o que é seu

    REFRÃO

    Nós fomos de fumo embriagados
    Paz entre nós, guerra aos senhores
    Façamos greve de soldados
    Somos irmãos trabalhadores
    Se a raça vil cheia de galas
    Nos quer à força canibais
    Logo verá que nossas balas
    São para os nossos generais

    REFRÃO

    Pois somos do povo os ativos
    Trabalhador forte e fecundo
    Pertence a Terra aos produtivos
    O parasita deixa o mundo
    O parasita que te nutres
    Do nosso sangue a gotejar
    Se nos faltarem os abutres
    Não deixa o Sol de fulgurar.



                                                    vendedor de pão


    enviada por edsonprof

    CARTA DO CHEFE SEATHL AO PRESIDENTE DOS EUA




    O clipe desta música (Yeha Noha) da Sacred Spirit e trechos da carta que o Cacique Seattle enviou ao presidente dos EUA em 1855, resultaram no presente vídeo.



    Carta do Chefe Seattle


    CARTA DO CHEFE SEATHL AO PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS EM 1855


    “ O grande chefe de Washington manda palavras, quer comprar terras. Quer comprar nossa terra. O grande chefe também manda palavras de amizade e bem aventurança. Isso é amável de sua parte, visto que nós sabemos que se tem muito pouca necessidade de nossa amizade.

    Como se pode comprar ou vender o Céu e o Calor da Terra?
    Essa idéia é estranha para nós. Nós sabemos que o homem branco
    não entende nossos costumes. Para ele uma porção de terra é o mesmo que outra: porque ele é um estranho que vem na noite e toma à terra o que necessita. E quando ele a dominou, segue adiante. A terra não é sua irmã, mas seu inimigo. Seu apetite devorará a terra e deixará para trás um deserto.
    Dói os olhos do homem pele vermelha, mas talvez seja porque o homem pele vermelha é um selvagem e não entende... Não há lugar tranqüilo nas cidades dos homens brancos, nenhum lugar para escutar as folhas na primavera ou o zumbido das asas dos insetos. Eu me pergunto: que fica da vida se o homem não pode escutar o belo grito do pássaro noturno ou os argumentos das rãs em torno de um lago, na tarde?

    Se eu decido aceitar, eu colocarei uma condição: o homem branco deverá tratar os animais da terra como irmãos. Eu sou selvagem e não entendo nenhum outro caminho. Vimos milhares de búfalos apodrecendo nos campos, abandonados pelo homem branco que passava no trem e os matavam. Eu sou selvagem e não entendo como o cavalo de ferro que fuma pode ser mais importante que os búfalos que nós matamos só para sobreviver. Que será do homem se os animais desaparecessem, o homem morreria de uma grande solidão no espírito. Todas as coisas estão relacionadas. Tudo o que fere a Terra, também ferirá aos Filhos da Terra.




    Índia Tobá (Brasil) fotografada por Marc Ferrez, 1876

    Quando os Búfalos tiverem sido todos sacrificados, os cavalos selvagens todos amansados e os rincões secretos dos bosques se encheram com o aroma de muitos homens e a vista das montanhas se encherem de esposas faladoras, onde estará a mata? Desaparecida. Isso é adeus ao veloz, adeus à caça. Será o fim da vida e o começo da subsistência...”

    Extraído do Diário El Tiempo, Bogotá. 18.3.1973.



    enviada por edsonprof



    NOIVA CADÁVER

    A Noiva-Cadáver - Cartaz



    NOIVA CADÁVER

    O filme A Noiva-Cadáver foi baseado em uma antiga lenda do folclore russo. Apesar de assustadora, a história era contada para as crianças na hora em que elas iam para a cama. Confira.

    Era uma vez um jovem que morava em um pequeno povoado da Rússia. Ele estava de casamento marcado com uma moça de outra aldeia. Dois dias antes da cerimônia, ele e um amigo partiram para lá, pois era uma boa caminhada entre um lugar e o outro.
    Depois de viajar um dia inteiro, eles resolveram acampar perto de um rio. Foi aí que o rapaz viu um estranho graveto no chão, que mais parecia um dedo.

    Para fazer graça, ele tirou do bolso a aliança de ouro que levava para sua noiva e colocou no tal graveto. Depois, começou a cantar e a dançar em torno daquele galho estranho exatamente como se fazia nos antigos rituais de casamento. Em seguida, declamou os sacramentos do matrimônio.

    Os dois amigos quase morreram de tanto rir. Mas a alegria durou pouco. O chão começou a tremer e um buraco se abriu. De dentro dele, saiu um cadáver usando um vestido de noiva todo esfarrapado e sujo de terra.

    Por pouco, os dois jovens não caíram duros de medo.

    A mulher então disse:
    - Agora que você fez a dança ritual de casamento e disse os votos sagrados do matrimônio, somos marido e mulher e nada pode nos separar.

    Apavorados, os amigos correram até a aldeia onde seria realizado o casamento e procuram o rabino.

    Ainda tremendo de susto, o noivo contou o que havia acontecido e perguntou se aquela cerimônia feita de brincadeira tinha algum valor.

    O rabino coçou sua longa barba branca e disse que precisava de um tempo para pensar a respeito.

    Nesse instante, uma rajada de vento abriu a porta da sinagoga e, diante deles, apareceu a noiva-cadáver dizendo que exigia os seus direitos de esposa.

    O rabino falou então que consultaria outros companheiros para encontrar uma solução.

    Enquanto esperavam a reunião dos rabinos acabar, a verdadeira noiva chegou e quis saber o que estava acontecendo. O noivo contou tudo e ela, claro, ficou desesperada.

    Depois de consultar seus colegas, o rabino voltou muito sério e disse que, de fato, a cerimônia tinha se realizado dentro da tradição, mas, na opinião do conselho de rabinos, os mortos não têm direitos sobre os vivos. A cerimônia, portanto, não tinha valor.

    A noiva de carne e osso deu um suspiro de alívio. A noiva-cadáver, entretanto, deu um gemido e, em prantos, disse que a última chance de ver seus sonhos realizados terminava ali. E se desfez numa pilha de ossos.

    Emocionada, a jovem noiva prometeu falando baixinho:

    - Não fique triste. Eu viverei os seus sonhos por você e assim poderá descansar em paz. Jamais esqueceremos de você.

    Foi o que aconteceu. Os dois jovens se casaram e a história da noiva-cadáver foi sendo passada de seus filhos para os netos e bisnetos.

    Enviado por Edsonprof

    AS ORIGENS DA BRUXARIA

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    As Origens da Bruxaria

    Deste os primeiros dias da vida humana neste planeta, homens e mulheres maravilham-se em face dos inúmeros mistérios da vida e renderam-lhes culto.
    Na antigüidade as pessoas rezavam para as forças da natureza, como o sol, a lua, o fogo, a água e o vento. Foi nesta época que a Bruxaria teve sua origem. A Terra era homenageada como criadora da vida, como a Mãe terra, uma fonte de poder feminina grandiosa e energética.
    De acordo com as lendas e algumas formas de estudo , a Bruxaria nasceu há mais de 35 mil anos , quando a temperatura da Europa começou a cair e grandes lençóis de gelo lentamente avançaram rumo ao sul. Quando o gelo recuou, os que permaneceram na Europa dedicaram-se à pesca e a coleta de plantas silvestres e moluscos. Os povos isolados se uniram em vilas, onde xamãs e sacerdotisas organizaram os primeiros covens, profundamente sintonizados com a vida animal e vegetal.
    As primeiras religiões que surgem, verifica-se uma integração sobre a criação assim como um respeito pela Terra. Como participantes na corrente da criação, os nossos ancestrais acreditavam que os grandes mistérios da vida eram mistérios de transformação: elas crescem, morrem e renascem.
    Neste momento a centralidade da mulher na vida da comunidade não podia ser negada. Só ela tinha o poder de produzir e nutrir a vida, assim como sangrar com as fases da lua, inspirando temor e reverência. A mulher refletia as mudanças cíclicas paralelas às mudanças sazonais da Terra e às fases da lua.
    As mais antigas obras de arte que representam figuras humanas são de Mães e datam de 35000 a 10000 a . c . Por suas posições em lugares sagrados e em sepulturas, tais estatuetas , representavam algo sagrado. Os órgãos femininos em destaques eram claramente " centros numinosos" .
    A ligação entre a mulher e Terra era vista ainda nos sepultamentos simbólicos, onde os mortos eram cobertos com tinta vermelha para que literalmente voltassem ao útero da Mãe e assim completar o ciclo da vida.
    O culto a grande Deusa Mãe, para aquela antiga religião , era de êxtase e suas características eram exemplos vivos da integração de corpo e mente , entre espirito e matéria.
    Data-se também uma sociedade matrifocal , que pode Ter tido na verdade , as características de uma idade de ouro, simplesmente porque havia uma vinculação primaria entre filhos e Mães. A natureza sacrossanta toda a vida teria sido realçada e o comportamento destrutivo e violento desencorajado.


    Porem o passar do séculos, trouxe o surgimento e o crescimento das religiões orientais e com elas o conceito da " Deusa" desapareceu. Contudo algumas pessoas continuaram acreditando nas Deusas da Natureza.
    As guerras e sistemas militantes, liderados por homens elevaram o conceito do " Deus único e opressor" . O papel da mulher na sociedade havia mudado, e as mulheres tinham uma posição de subserviência. Eram na maioria donas de casa, curandeiras da sociedade, manipuladoras dos remédios para doentes e parteiras.
    Muitas ainda praticavam os rituais que honravam a antiga Deusa Mãe, o respeito à Terra e o conhecimento que tinham da medicina holística. Mas aparentemente incrédulas nas religiões orientais, estavam sendo rotuladas como pagãs e por muitas vezes eram temidas e foram chamadas de Bruxas .
    Há muitas conotações negativas e mitos sobre a palavra Bruxa , mas a origem de sua terminologia , nos revela um antigo termo para a velha religião : Wicca. Há também varias interpretações para esta palavra, para alguns ela significa " obra dos sábios" , já para outros significava dobra ou torcer. Porem seu significado original vem do anglo-saxão que é torcer e dobrar, como se faz com um canudo. Alguns ainda acreditavam que era a capacidade de aglutinar e moldar as forças desconhecidas da natureza, entre outras palavras Magia ou Bruxaria .
    Para os Bruxos(as) a magia é uma força poderosa assim como seus rituais são fundamentais para a religião das bruxas. O ano para elas(es) é dividido entre 8 partes iguais chamados de sabás das Bruxas.
    Algumas , muitas vezes, a Bruxaria , ou Wicca , Tem sido confundida com satanismo. No satanismo as pessoas opõem-se à visão convencional do divino e adoram o Diabo. Porem na Bruxaria temos um pensamento espiritual que não esta ligado ao mal , a malícia e a iniquidade, alias um de seus temas é " Faça o que desejar, e não faça a maldade" . O céu e o inferno não fazem parte da religião das Bruxas, pois elas acreditam em diferentes tipos de reencarnação.
    Em uma ultima análise sobre a filosofia Wicca é que a vida é divina e que o nosso destino está sendo seguido aqui e agora.
    A força da Bruxaria é a força natural do universo.

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    Enviado por Edsonprof

    OS ALQUIMISTAS ESTÃO CHEGANDO




                                              De jorge Ben Jor


    ôôôôôôôôôôô
    ôôôôôôôôôôô
    ôôôôôôôôôôô

    Os alquimistas estão chegando
    Estão chegando os alquimistas
    Os alquimistas estão chegando
    Estão chegando os alquimistas

    ôôôôôôôôôôô
    ôôôôôôôôôôô

    êêê
    êêê

    Eles são discretos e silenciosos
    Moram bem longe dos homens
    Escolhem com carinho a hora
    e o tempo do seu precioso trabalho
    São pacientes, assíduos e perseverantes

    Executam, segundo as regras herméticas
    Desde da trituração, a fixação,
    a destilação e a coagulação







    Trazem consigo cadinhos
    Vasos de vidro, potes de louça
    Todos bem iluminados

    Evitam qualquer relação com pessoas
    de temperamento sórdidos
    de temperamento sórdidos

    êêê
    êêê
    êêê
    êêê

    Os alquimistas estão chegando
    Estão chegando os alquimistas
    Os alquimistas estão chegando
    Estão chegando os alquimistas

    ôôôôôôôôôôô
    ôôôôôôôôôôô
    ôôôôôôôôôôô...




    enviada por edsonprof

    HOPLITA


                                              British museum Hoplites





    Os hoplitas das cidades gregas eram equipados com uma armadura cobrindo todo o tronco, de um elmo, de grevas (parte da armadura que protegia do joelho ao pé, espécie de caneleira), de um pesado escudo de madeira reforçado com metal, de uma espada curta e de uma lança de aproximadamente dois metros de comprimento. Neste ponto, os gregos ainda se distinguiam claramente dos bárbaros, geralmente munidos de armas de arremesso. Assim, da estrita ótica da lógica tática, a infantaria pesada apresentava graves inconvenientes: lentidão nas marchas, dificuldade de manuseio das armas, e quase incapacidade de evolução sobre terrenos acidentados, comuns na Grécia. Entretanto, tais inconvenientes eram deliberadamente escolhidos para surpreender o inimigo pela sutileza da manobra.
    No cenário de um sistema estratégico onde sempre combatiam entre adversários similares para alcançar objetivos limitados, os fazendeiros gregos recusavam, de fato, toda outra forma de combate que não o choque frontal mais violento - e o mais rápido - no qual a infantaria pesadas dos hoplitas era, na verdade, de perigosa eficácia.

    300, a verdadeira história dos espartanos.

    http://www.youtube.com/watch?v=PvQThdWEItc&feature=share&list=UU8XNthLuqQg-aWYDlhn9Tpw

     
    Templo heleno, 1º século d.C.

    MULHERES DE ATENAS






    (Chico Buarque / Augusto Boal)





    Música de Chico Buarque (1944) e letra do diretor e dramaturgo Augusto Boal (1931-2009). A canção apresentada foi composta em 1976 para a peça "Lisa, a Mulher Libertadora", uma adaptação de "Lisístrata", de Aristófanes.
    MULHERES DE ATENAS

    Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
    Vivem pros seu maridos, orgulho e raça de Atenas
    Quando amadas, se perfumam
    Se banham com leite, se arrumam
    Suas melenas
    Quando fustigadas não choram
    Se ajoelham, pedem, imploram
    Mais duras penas
    Cadenas

    Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
    Sofrem por seus maridos, poder e força de Atenas
    Quando eles embarcam, soldados
    Elas tecem longos bordados
    Mil quarentenas
    E quando eles voltam sedentos
    Querem arrancar violentos
    Carícias plenas
    Obcenas

    Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
    Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas
    Quando eles se entopem de vinho
    Costumam buscar o carinho
    De outras falenas



    Mas no fim da noite, aos pedaços
    Quase sempre voltam pros braços
    De suas pequenas
    Helenas

    Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
    Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas
    Elas não têm gosto ou vontade
    Nem defeito nem qualidade
    Têm medo apenas
    Não têm sonhos, só têm presságios
    O seu homem, mares, naufrágios
    Lindas sirenas
    Morenas



    Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
    Temem por seus maridos, heróis e amantes de Atenas
    As jovens viúvas marcadas
    E as gestantes abandonadas
    Não fazem cenas
    Vestem-se de negro, se encolhem
    Se conformam e se recolhem
    Às suas novenas
    Serenas

    Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
    Secam por seus maridos, orgulho e raça de Atenas.


    deusa atena
    Atena-Giustiniani---Vatican.jpg
    deusa atena

    enviados por edsonprof

    RITUAL DOS MORTOS



    " SALVE Ó GRANDE DEUS, SENHOR DAS DUAS VERDADES! EU TE CONHEÇO E CONHEÇO OS NOMES DOS 42 DEUSES QUE TE CERCAM NESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. vÊ, VIM A TI PARA TE TRAZER A VERDADE E APAGAR O PECADO!"

    JAMAIS PEQUEI CONTRA OS HOMENS.
    NÃO FIZ MAL A NINGUÉM.
    JAMAIS ATENTEI CONTRA O TRONO DA VERDADE.
    NENHUM MAL COMETI.
    NADA FIZ QUE MEREÇA ABOMINAÇÃO DE DEUS.
    JAMAIS CALUNIEI UM SERVIDOR JUNTO A SEU SENHOR.
    NÃO FIZ NINGUÉM SOFRER FOME.
    JAMAIS FIZ LÁGRIMAS CORREREM.
    NÃO MATEI.
    NUNCA MANDEI MATAR.
    NUNCA NADA FIZ DE MAL A HOMEM ALGUM.
    NUNCA DIMINUÍ OS REPASTOS SACRIFICIAIS NOS TEMPLOS.
    NUNCA DEITEI A MÃO AOS PÃES SAGRADOS DOS DEUSES.
    NUNCA ROUBEI O BOLO DOS BEM-AVENTURADOS.
    JAMAIS TIVE RELAÇÕES SEXUAIS PROIBIDAS.
    NUNCA ME ENTREGUEI ÀS ORGIAS ANTI-NATURAIS.
    NUNCA AUMENTEI OU DIMINUÍ AS MEDIDAS DOS GRÃOS.
    NUNCA DIMINUÍ AS MEDIDAS AGRÁRIAS.


    O Livro dos Mortos
    Durante o Império Novo (c. de 1550 a 1070 a.C.) a maior parte das fórmulas dos textos dos sarcófagos, acrescidas de diversas estrofes novas, passaram a ser escritas em rolos de papiro, os quais eram colocados nos ataúdes ou em algum local da câmara sepulcral, geralmente em um nicho cavado com essa finalidade. Quando postos no sarcófago costumavam ser encaixados entre as pernas dos corpos, logo acima dos tornozelos ou perto da parte superior das coxas, antes de serem passadas as bandagens. Tais textos, que formam um conjunto com cerca de 200 estrofes referentes ao mundo do além-túmulo, ilustrados com desenhos para ajudar o defunto na sua viagem para a eternidade, foram intitulados pelos modernos arqueólogos de Livro dos Mortos. Entretanto, conforme explica o especialista em história antiga, A. Abu Bakr, esse título é até certo ponto enganoso: na verdade, nunca existiu um "livro" desse gênero; a escolha das estrofes escritas em cada papiro variava segundo o tamanho do rolo, a preferência do adquirente e a opinião do sacerdote-escriba que as transcrevia. Um "Livro dos Mortos" médio continha entre 40 e 50 estrofes.
    Para os egípcios esse conjunto de textos era considerado como obra do deus Thoth. As fórmulas contidas nesses escritos podiam garantir ao morto uma viagem tranquila para o paraíso e, como estavam grafadas sobre um material de baixo custo, permitiam que qualquer pessoa tivesse acesso a uma terra bem-aventurada, o que antes só estava ao alcance do rei e da nobreza. Em verdade, essa compilação de textos era intitulada pelos egípcios de Capítulos do Sair à Luz ou Fórmulas para Voltar à Luz (Reu nu pert em hru), o que por si só já indica o espírito que presidia a reunião dos escritos, ainda que desordenados. Era objetivo desse compêndio, nos ensina o historiador Maurice Crouzet, fornecer ao defunto todas as indicações necessárias para triunfar das inúmeras armadilhas materiais ou espirituais que o esperavam na rota do "ocidente".

    As cenas do julgamento do falecido fazem parte daquela rota e, portanto, de tais papiros. A decisão era tomada no Saguão das Duas Verdades, um grande salão no qual ficava uma grande balança destinada a pesar o coração do morto. A solenidade é assim resumida pelo egiptólogo Kurt Lange: Osíris, senhor da eternidade, está sentado como um rei no seu trono. Tem em suas mãos o cetro e o leque. Por trás dele, mantêm-se habitualmente suas irmãs Ísis e Néftis. Na outra extremidade, vê-se a deusa da justiça, Maat, introduzir o morto ou a morta. No meio do quadro está desenhada a grande balança em que o peso do coração é comparado ao duma pluma de avestruz, símbolo da verdade. A pesagem é confiada a Hórus e ao guardião das múmias, de cabeça de chacal, Anúbis. O deus Thoth, de cabeça de íbis, senhor da sabedoria e da escrita, anota o resultado da pesagem sobre um papiro, por meio de um cálamo. Quarenta e dois juízes — correspondendo às Foto © Canadian Museum of Civilization Corporation quarenta e duas províncias do Egito — assistem à operação. Diante desse tribunal é que o candidato à eternidade deve fazer as declarações nas quais afirma nunca se ter tornado culpado de certo número de faltas para com seus semelhantes, para com os deuses, para com sua própria pessoa e o bem alheio. Se a sentença dos juízes fosse favorável ao morto, Hórus tomava-o pela mão e o conduzia ao trono de Osíris, que lhe indicava seu lugar no reino do além. Essa é a cena que vemos na ilustração do alto da página. Caso contrário, o morto estaria cheio de pecados e, então, seria comido por um terrível monstro, Ammut, o devorador dos mortos, que vemos na ilustração acima ao lado de Anúbis.

    A idéia central do Livro dos Mortos é o respeito à verdade e à justiça, mostrando o elevado ideal da sociedade egípcia. Era crença geral que diante de Osíris de nada valeriam as riquezas, nem a posição social do falecido, mas que apenas seus atos seriam levados em conta. Foi justamente no Egito que esse enfoque de que a sorte dos mortos dependia do valor de sua conduta moral enquanto vivo ocorreu pela primeira vez na história da humanidade. Mil anos mais tarde, — diz Kurt Lange — essa idéia altamente moral não se espalhara ainda por nenhum dos povos civilizados que conhecemos. Em Babilônia, como entre os hebreus, os bons e os maus eram vítimas no além, e sem discernimento, das mesmas vicissitudes.

    Deus Anupu (Anúbis) representado pela figura de um homem com cabeça de chacal ou de cão...

    Não resta dúvida de que o julgamento de seus atos após a morte devia preocupar, e muito, a maioria dos egípcios, religiosos que eram. Mas — pondera Crouzet — a provação era de tal espécie, que podia ser sobrepujada por uma memória eficaz, ajudada pelo papiro colocado junto ao cadáver, que possibilitaria ao defunto enunciar certas sentenças soberanas. Como afastar a palavra "magia", e negar que o emprego destas fórmulas era considerado suficiente para apagar os erros da vida terrena? É claro que o crente era convidado a não cometê-los: seria a melhor maneira de garantir a sua salvação futura. Mas nenhuma reserva, em parte alguma, limitava a eficácia das receitas de que tratava de munir-se, desde que fosse obstinado, embora culpado.

    É preciso que se diga que embora o Livro dos Mortos tenha aparecido grafado em papiros apenas a partir do Império Novo, sua origem é muito mais antiga, anterior até mesmo ao período dinástico. Inicialmente, contando apenas com poucas estrofes relativamente simples, adequadas aos costumes de uma época remota, seu conteúdo era transmitido de forma oral. Com o aumento da quantidade e da complexidade dos textos, os sacerdotes se viram obrigados a escrevê-los antes que se perdessem da memória dos fiéis. Num processo de cópias sucessivas foram introduzidas variações e enganos, tanto por equívoco na leitura dos caracteres quanto por desleixo, cansaço do copista e acréscimos feitos pelo próprio escriba interessado em impor sua opinião. A cópia mais antiga encontrada foi escrita para Nu, filho do intendente da casa do intendente do selo, Amen-hetep, e da dona de casa, Senseneb. Esse valioso documento, avaliam os arqueólogos, não pode ser posterior ao início da XVIII dinastia (c. de 1550 a.C.). Ele faz referência a datas dos textos que transcreve e uma delas se refere aos idos de um dos faraós da I dinastia (c. de 2920 a 2770 a.C.).

    Foi nos sepulcros de Tebas que os pesquisadores encontraram a maior parte das cópias do Livro dos Mortos. Em tais papiros os comprimentos variam entre 4,57 e 27,43 metros e a largura entre 30,48 e 45,72 centímetros. No início do Império Novo os textos são sempre escritos com tinta preta e os hieróglifos dispostos em colunas verticais, separadas entre si por linhas pretas. Títulos, palavras iniciais dos capítulos, rubricas e chamadas são grafadas com tinta vermelha. Os escribas também enfeitavam os papiros com vinhetas de traços pretos, às vezes copiadas de ataúdes e documentos de dinastias bem anteriores como a XI (c. de 2134 a 1991 a.C), por exemplo. A partir da XIX dinastia (c. de 1307 a 1196 a.C.) as vinhetas passaram a ser pintadas com cores muito brilhantes e cresceram de importância, ao passo que o texto passou a ocupar uma posição secundária. Um dos mais belos papiros ilustrados que existem é o assim chamado Papiro de Ani, cujas vinhetas representam cenas mitológicas, nomes de deuses e cenas do julgamento dos mortos.

    No decorrer da XXI e da XXII dinastias (c. de 1070 a 712 a.C.) houve deterioração do trabalho de escribas e desenhistas e a qualidade do mesmo diminuiu sensivelmente, além de ter havido alterações no conteúdo dos textos. Outros temas não relacionados com o mundo dos mortos, como a criação do mundo, por exemplo, foram incluídos nos papiros dessa época. Às vezes o texto nada tem a ver com a vinheta que o acompanha. Nesse período também se estabeleceu o costume de encher com os papiros figuras ocas de madeira do deus Osíris, as quais eram colocadas nos túmulos. Quando os papiros diminuíram de tamanho, passaram a ser armazenados em cavidades menores nas bases de tais figuras. Do final da XXII dinastia em diante, até o início da XXVI dinastia (664 a.C.) ocorreu um período de desordem e tumulto. Os sacerdotes perderam gradualmente o seu poder religoso e temporal e a crise provocou redução das despesas com cerimônias funerárias, tendo caído em desuso o costume de se fazer cópias do Livro dos Mortos.

    Quando os faraós da XXVI dinastia assumiram o poder houve uma renovação dos antigos costumes mortuários, templos foram restaurados e textos antigos esquecidos foram relembrados e novamente copiados. No que se refere ao Livro dos Mortos tais cópias passaram a ser feitas de forma sistemática. Os capítulos passaram a ter uma ordem fixa, mantidos na mesma ordem relativa nos diversos papiros, ainda que alguns contivessem mais texto do que os outros, e quatro capítulos novos foram acrescentados, refletindo as novas idéias religiosas da época. Esses escritos continuaram a ser usados durante o período ptolomaico (304 a 30 a.C.). Nessa época, porém, só eram grafados os textos que se acreditava absolutamente necessários à salvação do morto. Textos que refletiam uma mitologia há muito esquecida eram ignorados. 
    Pesagem das almas
    Enviado por Edsonprof

    A EPOPÉIA DE GILGAMESH







     



    Epopéia de Gilgamesh, imagens históricas referentes às lendas, como as ruínas de Uruk, a deusa Ishtar, as estátuas de Gilgamesh e Enkidu, além de outros. Essa que é uma das mais antigas lendas que se tem notícia, e está praticamente completa com poucas tabuinhas cuneiformes faltando, mesmo tendo milhares de anos, ainda pode ser empolgante de se aprender.




    GILGAMESH, A EPOPÉIA

    A Biblioteca de Nínive e Gilgamesh

    Érica Turci

    Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação


    A Biblioteca de Nínive, um dos mais importantes legados da Mesopotâmia para a história, foi encontrada no século XIX por arqueólogos ingleses. Ela pertencia ao rei assírio Assurbanipal II (século VII a.C.) e era composta por uma coleção de mais ou menos 25 mil plaquetas de argila (material usado para escrita na época), com textos em cuneiforme, muitos deles bilíngües, em sumeriano e acádico.

    Considerada a primeira biblioteca da história, a Biblioteca de Nínive guardava compilações de diversos tipos de texto: cartilhas sobre o mundo natural, geografia, matemática, astrologia e medicina; manuais de exorcismo e de augúrios; códigos de leis; relatos de aventuras e textos religiosos.

    Sabe-se que os mesopotâmicos tinham muito apreço pela escrita.
    Escolas para escribas (edubba) eram comuns nas cidades da época. Uma parábola babilônica dizia: "A escrita é a mãe da eloqüência e o pai dos artistas".

    O escriba tinha grande status na sociedade e, a se julgar pela quantidade de plaquetas de argila encontradas em diversos sítios arqueológicos, pode-se imaginar a importância que esse povo dava para o registro escrito. Tamanho acervo de documentos contribuiu muito para a compreensão da cultura da Mesopotâmia.


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    ZIGURATE DE UR
    Literatura
    A mais famosa obra literária da Mesopotâmia é a Epopéia de Gilgamesh. Gilgamesh é uma figura semilendária e teria sido rei da cidade-estado de Uruk, por volta de 2.700 a.C. Mas tudo que se conhece a respeito desse rei deve-se à epopéia construída em torno de seu nome, encontrada em 12 plaquetas de argila que constam do acervo da Biblioteca de Nínive.

    A lenda conta a grande amizade entre o rei Gilgamesh, culto e refinado, e Enkidu, um homem rude, nascido e criado no deserto. Juntos, os dois viajam por terras distantes, buscando aventuras e glórias. No entanto, Enkidu adoece e morre. E, a partir desse momento, Gilgamesh passa a buscar a imortalidade.

    Essa procura o leva até terras distantes, numa terrível e maravilhosa viagem, para encontrar Utnapishtim, homem abençoado pelos deuses com a imortalidade, após ter sobrevivido ao dilúvio. Utnapishtim, no entanto, faz com que Gilgamesh compreenda que a imortalidade não é característica dos homens:

    "Gilgamesh, onde queres chegar nas tuas andanças?
    A vida que estás procurando, nunca encontrarás.
    Pois, quando criaram os homens, os deuses decidiram
    Que a morte seria seu quinhão, e detiveram a vida em suas próprias mãos.
    Gilgamesh, enche o teu estômago,
    Faze alegres o dia e a noite,
    Que os teus dias sejam risonhos.
    Dança e toca música noite e dia,
    [...]
    Olha para o filho que está segurando a tua mão,
    E deixa que tua esposa encontre prazer nos teus braços.
    Só dessas coisas é que os homens devem cogitar."

    Segundo o especialista em assiriologia, Jean Bottéro (em matéria publicada no jornal O Estado de São Paulo, Caderno 2, 02 de maio de 1996), "o autor da epopéia quis nos ajudar a encarar com coragem, com o exemplo de um fracasso tão grande, a inevitável interrupção de nossa vida".

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    ESCADA DO ZIGURATE DE UR
    Sugestão de leitura
    A Epopéia de Gilgamesh foi publicada no Brasil, em 2001, pela Editora Martins Fontes, na Coleção Gandhara.

    *Érica Turci é historiadora e professora de história formada pela USP.

    Na Suméria, o Ciclo de Gilgamesh é composto por vários poemas, contendo narrativas diferentes. É provável que o poema tenha sido constituído e recitado oralmente muito tempo antes de registros escritos. Os babilônios reuniram esses poemas e, entrelaçando suas histórias, compuseram a Epopéia de Gilgamesh. Esta, narra os feitos do famoso rei Gilgamesh, cujo nome consta como o quinto monarca da primeira dinastia pós-diluviana de Uruk, tendo reinado por 126 anos. Sua existência foi comprovada arqueologicamente: um homem, um rei, chamado Gilgamesh, viveu e reinou em Uruk, em alguma época da primeira metade do terceiro milênio a.C. O herói é descrito como dois terços deus e um terço homem, pois sua mãe era uma deusa. Dela, Gilgamesh herdou grande beleza, força e inquietude. De seu pai herdou a imortalidade. A tragédia do poema é o conflito entre os desejos do deus e o destino do homem. O primeiro episódio descreve como os deuses arranjam-lhe um companheiro que é o seu oposto. Trata-se de Enkidu, o “homem natural” criado entre os animais selvagens e rápido como uma gazela. Enkidu é seduzido por uma meretriz e a perda da inocência representa um passo irreversível para a domesticação de seu espírito selvagem. Gradualmente, ele se deixa civilizar até chegar à grande cidade de Uruk. A partir de então, ele só torna a pensar em sua antiga vida de liberdade quando está morrendo, dominado por um sentimento de dor e arrependimento. Essa história é também uma alegoria dos estágios por meio dos quais o homem atinge a civilização, partindo da selvageria, passando pelo pastoreio, até finalmente chegar à vida urbana. A grande amizade entre Gilgamesh e Enkidu, que tem início com uma luta corpo a corpo em Uruk, é o elo que liga todos os episódios da história. É Enkidu quem traz notícias sobre a misteriosa floresta de cedros e seu terrível sentinela. Esse é o tema do segundo episódio: dois heróis partem em busca da montanha e dos cedros, mas terão o desafio de enfrentar o gigante Humbaba, guardião da floresta. A jornada na floresta e a batalha daí resultante podem ser lidas em diferentes planos da realidade. A floresta é real, algumas vezes identificada com o norte da Síria ou sudoeste da Pérsia. Mas é também onde localizam-se poderes sobrenaturais e estranhas aventuras. É ainda a obscura floresta da alma.

    As cidades sumérias localizavam-se geograficamente em planícies, por isso os sumérios em suas construções, necessitavam de madeira. Essa procura é a razão de todo o empreendimento de Gilgamesh que desejava ostentar o seu poder e ambição construindo templos e grandes muralhas. A arriscada aventura precisava de proteção divina e é Shamash, o deus-Sol, quem a concede. Humbaba é morto por Gilgamesh e Enkidu e o rei de Uruk é glorificado quando retorna da floresta. Nesse momento, a deusa Ishtar (da fertilidade e da guerra), “padroeira” de Uruk apaixona-se e passa a desejar Gilgamesh. Ao ser recusada, Ishtar vinga-se matando o seu amigo Enkidu. Gilgamesh fica só. Diante de seu destino, também mortal, o grande rei sai em busca da vida eterna. Após muitas aventuras, Gilgamesh percebe finalmente que não é e nem poderia ser diferente dos outros homens. O último episódio narra a morte do rei, que existe apenas na versão suméria. O final da aventura é como um feitiço que se quebra: depois da busca e de um prêmio quase ganho ( a eternidade), tudo volta ao normal com a descrição dos muros de Uruk. A décima segunda tabuinha traz o esboço de uma cosmogonia, sendo que no original sumério o poema chamava-se Gilgamesh, Enkidu e o Mundo Inferno. Essa parte da Epopéia não parece ter muita relação com o restante das aventuras, mas é lá que encontram-se traçadas as concepções sumérias de criação do cosmos.